Era como qualquer outra pessoa. Tinha os mesmos hábitos, algumas manias, qualidade e defeitos. Totalmente normal, comum e sem graça, como costumavam ser todas as pessoas do mundo.
Andava de ônibus, fazia compras, tomava café, adorava banhos demorados, viciada em seriados, amava os amigos verdadeiros, e admitia, tinha também, alguns problemas com a palavra: mudança.
De casa, de escola, número de sapato, até possivelmente, da marca do absorvente. E principalmente, das pessoas em sua vida: sempre indo e vindo, como se sua vida fosse uma eterna catraca decadente de metrô, uns chegando, outros saindo.
Não sabia lidar com isso. Gostava de ter constância.
Para quê renovar sempre, se o jeito como tudo se encontra, está bom? Como em viradas de ano, é tempo de se renovar...
Pra quê?
O ano que passou foi tão bom porque não simplesmente continuar agindo igual? Afinal, em time que está ganhando, não se mexe.
Ou não?
O fato, é que por conta disso, da inscontância de tudo e todos, diferente de alguns, aprendeu a somente confiar em si mesmo, a receber antes de dar. Sem reciprocidade alguma. Adotou uma postura vingativa em relação ao mundo. Só iria retribuir, aquilo que lhe oferecessem primeiro.
Era mais seguro, racional e absolutamente plausível.
Mas de certa forma, incrivelmente solitário também.
Ainda acreditava nos velhos e desgastados sonhos.
Nas esperanças, que de esperançosas nada tinham.
E mesmo que jurasse, que em nada acreditava, isso também implica em acreditar em alguma coisa. No nada, no vazio.
Adorava livros de romance, músicas e filmes.
Estrelas e luar, palavras escritas na areia e levadas pelas ondas.
Gostava de Natal, Páscoa e do sorriso da priminha de 4 anos.
De brigadeiro na panela, de inverno embaixo do cobertor.
E assim sendo, alguém que ainda tem esses resquícios, embora que trêmulos e foscos como chamas que vão se apagando aos poucos, seria uma desacreditada do amor e afins?
Não.
No amor acreditava.
Andava de ônibus, fazia compras, tomava café, adorava banhos demorados, viciada em seriados, amava os amigos verdadeiros, e admitia, tinha também, alguns problemas com a palavra: mudança.
De casa, de escola, número de sapato, até possivelmente, da marca do absorvente. E principalmente, das pessoas em sua vida: sempre indo e vindo, como se sua vida fosse uma eterna catraca decadente de metrô, uns chegando, outros saindo.
Não sabia lidar com isso. Gostava de ter constância.
Para quê renovar sempre, se o jeito como tudo se encontra, está bom? Como em viradas de ano, é tempo de se renovar...
Pra quê?
O ano que passou foi tão bom porque não simplesmente continuar agindo igual? Afinal, em time que está ganhando, não se mexe.
Ou não?
O fato, é que por conta disso, da inscontância de tudo e todos, diferente de alguns, aprendeu a somente confiar em si mesmo, a receber antes de dar. Sem reciprocidade alguma. Adotou uma postura vingativa em relação ao mundo. Só iria retribuir, aquilo que lhe oferecessem primeiro.
Era mais seguro, racional e absolutamente plausível.
Mas de certa forma, incrivelmente solitário também.
Ainda acreditava nos velhos e desgastados sonhos.
Nas esperanças, que de esperançosas nada tinham.
E mesmo que jurasse, que em nada acreditava, isso também implica em acreditar em alguma coisa. No nada, no vazio.
Adorava livros de romance, músicas e filmes.
Estrelas e luar, palavras escritas na areia e levadas pelas ondas.
Gostava de Natal, Páscoa e do sorriso da priminha de 4 anos.
De brigadeiro na panela, de inverno embaixo do cobertor.
E assim sendo, alguém que ainda tem esses resquícios, embora que trêmulos e foscos como chamas que vão se apagando aos poucos, seria uma desacreditada do amor e afins?
Não.
No amor acreditava.
Nas pessoas não.