
Era noite, calada, escura e quente.
Ela dormia emaranhada entre os lençóis, num jogo de pernas e coxas à mostra, sonhando com proibições carnais e murmurando palavras desconexas.
Sem nexo, querendo sexo, desejando algo que valesse a noite.
No sonho, ele chega, dono de si e dela totalmente, o corpo rijo sombreado pela luz fraca que adentra as janelas do quarto pequeno, e em direção à cama, salta como um felino que vai em busca da presa.
Inicia caminhos com a boca, subindo e arrematando com a língua, molhando o úmido e aquecendo o quente.
Termina com as mãos o que os lábios começaram.
Em um arrebatamento de dedos, lambidas e mordidas, faz gemer, contorcer, arquear.
Ela abre as pernas involuntariamente, pulsando tesão e implora.
Ele hesita, tortura mais ainda.
Desce a boca em direção ao âmago da feminilidade, e lambe, devora, penetra, suga, e as mãos apertam as coxas grossas.
Sem mais esperar, ela geme, grita, o puxa pelos cabelos, e assume o comando.
Segue a mesma linha de agonia, a tensão pelo que está por vir, é gulosa, ansiosa.
Cavalga, dobra as costas, arranha.
Quem domina? Quem é submisso?
Ali não importava mais.
Goza.