domingo, 18 de abril de 2010

Francamente falando?


- O que você quer da vida?
- Acho que seria mais correto perguntar o que a vida quer de mim.
- Isso não sei responder. Só sei o que eu quero de você.
- O quê?
- Que você me diga o que quer. De uma vez por todas.
- Francamente falando?
- Por favor.
- Não preciso amar você.
- Não?
- Não. Preciso é não enjoar de você.
- Você enjoa das pessoas facilmente não é?
- Sim. Com mais freqüência do gostaria.

E era verdade.
Enjoava e enojava-se das pessoas. De ver como elas podiam ser extremamente irritantes, sem nada para oferecer, a não serem críticas e reprovações. Cobranças e ciúmes. Nos últimos tempos, evitava comentar com os outros, suas opiniões, seus pensamentos. Sentia-se murchar lentamente. Porque nunca poderia fazer e dizer tudo o que realmente queria ou pensava. Estava cansada de ver os olhares de incredulidade dos outros sobre ela. Como se fosse um inseto asqueroso sob um microscópio.

“Mas não devemos ligar para o que os outros pensam a nosso respeito.”
Ok.
Me diga então um modo de ignorar tudo, sem viver em uma ilha.
Precisamos conviver em sociedade. Sendo hipócritas com os outros e com nós mesmos.
É uma lei de sobrevivência.

O que se precisa hoje em dia não é de “eu te amo”.
E sim de: “eu não enjôo de você em 3 minutos”.








Quanto mais conheço as pessoas, mais AMO OS ANIMAIS.

Um comentário:

Manuka disse...

Você foi bem franca hein...
Não me pergunte a verdade, se não sabe lidar com ela... Um amiga muito sábia me disse isso.

Belo texto (isto está ficando manjado) *_*

Beijocas