sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Hope Faith


Hope Faith era uma garota.
Uns 20 anos talvez.
Tinha por hábito sentar na janela e ficar olhando as estrelas, as nuvens que passavam, e imaginava desenhos no céu, via as pessoas que gostava ilustradas neles e assim via sua vida.

Sua vida passar.
Hope Faith tinha incontáveis defeitos, mas talvez o pior deles fosse:
Sua eterna insatisfação. Nunca tinha o suficiente de coisa alguma, e coisa alguma nunca tinha o suficiente dela.

Tinha bons pais.
Mas estes não eram suficientes.
Tinha bons amigos.
Que também não eram suficientes.
Amava eles. Mas amar também não era suficiente.

Hope Faith queria viajar.
Sempre.
Pra todo lugar. Pra qualquer lugar.

Você já tem 20 anos. Tem que começar a pensar melhor sobre as coisas.
Pedra que muito rola não cria limo.
Você tem que ser responsável Hope Faith.
Juízo.
Nada de vontades e desejos súbitos.
Seja realista. Priorize!

Hope Faith era realista.
Sua realidade era admitir que não queria ter juízo.
Não queria priorizar o que os outros priorizavam.
Não queria se definir. Definir é limitar-se.






Hope Faith precisava mudar de nome.
Esse nome não trazia sorte.






Ela precisava viajar.
Pra longe.
Pra perto.






Mas TINHA que ir.

2 comentários:

Manuka disse...

"Definir é limitar-se"
Com certeza uma bela certeza. Seria bom se as pessoas fossem mais insatisfeitas, com tudo e todos, talvez as coisas estivessem melhores, Ou não!

Enfim, viva a metamorfose ambulante!

Bjs

DIABO QUE TE CARREGUE disse...

Inquietações movem o universo.
Nada é estático.

Guga