sábado, 20 de março de 2010
Então volta, vem viver outra vez ao meu lado...
Nos últimos tempos vinha sofrendo desse mal.
Não podia dormir à noite, e de dia tão pouco: a claridade incomodava e o calor também.
Acordava no meio da madrugada, presa nos lençóis, o corpo em total alerta, e sentia sempre, o coração pulsar na garganta.
Transbordando em ansiedade e eletricidade, resolvia escutar música, ou ler um livro.
Andava pela casa, no escuro, como um gato preto noturno, daqueles que você só consegue enxergar os olhos verdes na escuridão, dela só podia ver o caos.
O caos em que a mente se encontrava, o corpo que não acalmava com nada, e os ecos fragmentados de conversas nos ouvidos.
- Como você é linda...
- Sou louco por você...
- Seu corpo encaixa tão perfeito no meu...
- É só com você que vejo estrelas...
E era por isso que estranhava a cama:
Era vazia demais, faltava uma forma humana nela.
E o calor do braço que ela tanto tinha se acostumado a ter em volta da cintura dela na hora de dormir.
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Um comentário:
Dormir de conchinha é tão bom (6)
Bjs
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