segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O embrulho do presente passado ...


Os dias em que fico extremamente calma e racional, são os dias em que me odeio.

Fico distante...


...de você.


E insisto sempre em ser parecida com aquele animal que procura no lixo, algo pra comer, eu procuro, e acho no seu lixo particular, algo que me envenena, e me faz ver que você é comum.


Não espero um robô saindo de um laboratório, sem passado, caia na minha vida e comece a viver no dia em que me conheceu.

Só espero que você passe na papelaria mais próxima, e compre um embrulho novo.

Um papel diferente.


Não esse em que você está: amassado e sem brilho.


O papel de presente do relacionamento anterior.

Com as mesmas promessas, juras e planos.

Por favor, me convença.

Invente, tente, faça diferente.

Tenha um passado, mas não use ele como um ciclo, que é o que você faz.



EXPECTATIVA.


Você faz planos sempre.

Você sempre se entrega.

Você sempre "adora alguém como nunca achou que iria adorar".

Você sempre "pensa em alguém o dia todo como nunca fez antes".


E tem medo de "perder alguém que nunca teve antes".

Ou seja: Você não conhece novidades, somente repetições. E repete "the same old story".

Como tocar sempre a mesma nota no piano, não conhece melodias nem sinfonias novas.


Não quero fazer parte disso. Minha tolice não concebe compartilhar o mesmo velho sentimento infantil que você já teve tantas vezes.


Sem contar que você se recompõe rápido.

Intensidade.

Nunca rimou com novidade.


Mas combina às mil maravilhas com comodidade.

Adora hoje, esquece amanhã, e adorará a próxima mais rapidamente ainda.

E vai ser com loucura.



Meu bem: Você não sabe o que é ser louco.










Espero que aprende a ser.

Insano.

Como nunca foi antes.





Só sabe falar o que todos querem ouvir.














Enjoei.

3 comentários:

Manuka disse...

O Eu te amo vulgar e sem sentido de todo os dias...

Beijos

Fabio Hüls disse...

"Tenha um passado, mas não use ele como um ciclo, que é o que você faz. "

Oh yeah baby! Isso é algo que a maioria nem percebe! Sempre as mesmas recorrências, para as mesmas necessidades.

Necessidades? Creio que essas são involuntárias, ou piores, inevitáveis. Todo mundo tem a sua.

Mas como nesse mundo cada um trata o outro como uma formiga, cada uma com nome e endereço diferente... Daí fica fácil.

Que somos um pontinho no meio de zilhoes de outras formigas, isso é fato. Mas burro sempre foi aquele que generaliza.

O que eles não percebem é que todas as formiguinhas são únicas. E algumas delas especiais. Caminham diferente, sente as coisas com suas anteninhas de outra maneira, não dormem...

Como uma formiga que dorme viver com uma que não dorme? É legal no começo, quando é diferente para as duas formiguinhas, mas depois... ah você já sabe, né?

Recorrência.

Necessidade.

Enjoei!

Mas eu não enjôo de aparecer por aqui! E acho que a minha formiguinha só será feliz com outra formiguinha com anteninhas semelhantes e que não goste de dormir. Só assim pode existir brigas e beijos!

Hheuaiheuioaea! Adoro viajar com tuas escritas...

Beijo grande, Joi :)

Fabio Hüls disse...

Meu deus, esqueci umas vírgulas, se vire!