domingo, 31 de janeiro de 2010
Me diga qual é o seu nome?
Fim-de-semana.
Começam os convites pra sair, as opções surgem, e você se sente inclinado a ceder. E se deixa levar.
Pelos amigos, pelos lugares, e também, por quê não, pelo seu tédio que não te deixa ficar em casa.
Se arruma.
Sabe que por onde passar, vai chamar atenção. Até porque as pessoas só costumam ver o que é aparente aos olhos. Vão olhar você, mas nunca vão enxergar realmente. Acham seus olhos bonitos, mas estão longe de ver o vazio neles. Seu sorriso chama atenção, mas ninguém vê que ele é forçado.
Circula entre as pessoas, se envolve pela música, e deixa o corpo fluir, dançando, e de olhos fechados, como se só houvesse você ali. E assim vai lembrando tantas coisas, e presta atenção nas letras das músicas, e todas acabam tendo um trecho que se encaixa perfeitamente em você. E com as pessoas a sua volta.
E todos conectados pelos corpos embalados ao som da música.
A bebida sobe. E a noção desce.
Ri de tudo, acha tudo legal.
Apesar de que, no dia seguinte, terá dores de cabeça, e vai notar que foi apenas ilusão.
Não existe mais a bebida.
Só a noção de quem você é e de onde está.
E do quão sozinho você é.
Solitário e patético.
E relembrando das pessoas te olhando.
Desejando você, ou até invejando.
Ao invés de inflar o ego, sente pena, e nojo.
Está velho demais para essas coisas, mas tampouco sabe fazer algo diferente do que beber o mesmo drink de sempre, fumar o velho cigarro, e se perder no meio de estranhos.
Onde o maior estranho, talvez seja você.
Porque se engana, dia após dia.
E agora, fitando a si mesmo no espelho, vê todos os traços que passaram despercebidos aos olhos dos outros na noite passada:
Se mentira e fingimento tivessem nome, seria o seu.
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Um comentário:
Um perfeito baile de máscaras!
Que chegue o próximo fim de semana.
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