Gosto dessa frase.
Mas começo a questionar, de leve, assim, como quem não quer nada.
O que seria o comum? Tenho uma amiga que usa o termo: "uma vida como a que é mostrada pelas propagandas de margarina". Uso a expressão agora. Família, a mesa de café da manhã, e um cachorro grande e bobo correndo pela grama. E margarina Becel: "para você viver até os 100 anos e estar preparado para todas as emoções que a vida tem pra dar".
Talvez ninguém, no auge da vida, com tanto pra ver e viver, vai desejar isso. Mas o tempo passa, e como. Rápido demais. Creio também que o tempo tem um pacto com o ditado da vovó: "viver intensamente o hoje". Porque, quando nos dermos conta, já foi, virou lembrança. Mas, ao menos espero, que um dia, tudo o que vivo hoje me enjoe. Como enjoei dos brinquedos da infância, e das conversas sobre beijo no ginásio. Porque buscamos algo melhor, é como prova da evolução.
Você vivencia, experimenta, e quando estiver satisfeito, vai parar e olhar pro lado.
Os amigos casando. Tendo filhos. Um cachorro. E você na balada, na pista, segurando o mesmo copo, procurando pelos conhecidos que costumavam dançar junto com você. E eles vão estar vivendo na propaganda da margarina, e você sempre na Malhação, repetindo a vida, como se fosse uma série sem fim, com o mesmo enredo tedioso da última temporada. Só mudarão as pessoas e o papel que exercem na trama da sua vida.
Será que é válido? Mudar sempre as pessoas, não ter nada de permanente.
Sinceramente? Desejo um dia, ver essa mesma frase e poder mudá-la:
"E um dia descobre, que o comum é tudo o que você quer na vida."
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