sexta-feira, 16 de maio de 2008

Pesadelos reais...


Tive um sonho a noite passada.

Sonhei que era imortal. Eternamente jovem. Um vampiro mordeu meu pescoço.

Meu sangue quente na boca dele, a língua ardente lambendo cada gota, retirando uma vida sem graça e dando em troca uma nova sensação, um sentido.


E um preço.

Não sentia dor, nem medo, nem saudade.

Família, amigos, amores.

Nada te atrai.

Só a intensidade.

E dela você não consegue o suficiente, uma vida inteira procurando.


Alguém deve ter escrito isso em algum lugar, essa sensação, talvez um relato em um diário trancado à chave talvez.


Cadê a chave?


Você só precisa encontrar ela.

Deve estar com alguém. Ou seja: alguém tem o que você precisa.

Uma resposta. Algo que diga que o que você sente, outro também sente, ele só precisa que você procure essa chave. Nada mais simples. Algumas pessoas procuram eternamente, outras são procuradas, o que importa no final, é apenas encontrar.


E descobrir o melhor jeito de conviver com as respostas para as suas perguntas.


- O que seus olhos fixos no nada querem dizer? Você esta com jeito de quem descobriu alguma verdade.

- Descobri há tempo já. O que estou tentando descobrir é um modo de admitir isso.


(...)


Talvez seja assim.

Do nada, você descubra.

As melhores coisas acontecem de repente.

E é assim que você acorda.

Abre os olhos, assustada com o sonho.

O coração na garganta. Afasta as cobertas e olha ao redor:


Você não é imortal.

Sente dor, sente medo, e principalmente saudade.

O que não te atrai no sonho, na vida real é sua razão.

A intensidade é um álibi. E o vampiro é ele, que colocou no seu sangue as sensações que você queria. Mas não disse que preço seria cobrado por isso. Nem as formas de pagamento.


E a chave? Ah é mesmo...

Você deu pra ele no tempo que ele ainda era seu e entrava de mansinho na sua casa, deitava na sua cama e te chamava de Amor.











- Amor é quase meia noite e você não chegou ainda. Você não sabe que não posso dormir sem seu braço na minha cintura, sem sua boca devorando meu pescoço?












I'm your truth, telling lies… I'm your reasoned alibis… I'm inside open your eyes… I'm you! Sad but true…

Um comentário:

Luis disse...

gostei do blog..
beijo desde Lisboa
Luis