quinta-feira, 1 de maio de 2008

Era uma garoto ...


Que não amava nem os Beatles nem os Rolling Stones.

Preferia outras bandas de rock.

Tinha 20 e poucos anos. Belo e brilhante.

Gostava de Monet. E de mim.


Tinha amigos e garotas. Muitos amigos e muitas garotas.

Precisava sair aos finais de semana, e se possível todas as noites. Um tipo de gato que já deveria ter sido castrado há muito tempo.

Mas algum dia, deixaram que ele experimentasse os prazeres noturnos de se levar uma vida boêmia. Uma vez experimentado isso, ninguém larga mais.


Para um gato é como vício. Para uma gata é cio.

Libertinagem e sacanagem. Ao menos uma vez por mês, ele tinha que conviver com isso.

Era de sua natureza promíscua.

Ter todas e nenhuma.

Ser de todas e de nenhuma.


Não sabia amar e não iria aprender tão cedo. Fugia dessa lição, como moleque de escola foge do teste oral de gramática.


Mas era bom em matemática: transformava tudo e todas em números em sua lista.

Bom papo. Bom perfume. Charme. Jeito de ser.


Oferecia um céu, mas pagava um inferno a prestação.





Irresistível.











Esse garoto meu bem, vai ferrar você.

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