sábado, 30 de agosto de 2008

Felino


Ele é um gato.

Tem olhar de gato, andar de gato, jeito de gato.

E como todo gato, é esnobe e só dá carinho quando quer receber também.


Caso contrário, não o procure, ele vai ignorar você quando não quiser nada.

Tem vários amigos, várias amigas (as quais ele já pegou mais da metade, só as feias escaparam, porque afinal, ele escolhe quem quiser) e nenhum amor.


Não aprendeu sobre amor.

Estava ocupado demais em conquistar e destruir, em prometer e não cumprir, em falar mentiras e fingir. Transformou todas as boas meninas nas atuais vagabundas.




Seu amor é a típica mentira sincera que todas querem.

E ele sabe disso.

E é isso que ele dá.

O amor de vagabundo.

Que mente, que engana, que cega.









Mas que vale por todos os outros relacionamentos seguros e tediosos que você já teve.

Porque você sabe desde o ínicio que vai ter um fim e a parte prejudicada será você.

Bom jogador.

Fala o que você quer ouvir e faz o que você quer que ele faça.



Ele lê você, como se fosse um manual de instruções, um livro aberto do qual vai arrancar todas as páginas, uma por uma.


Ele demora uma semana pra ligar, um minuto pra te convencer a sair e um segundo pra fazer você esquecer sua única certeza sobre ele:








Bonitinho...














Mas ORDINÁRIO.

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