quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Is this love?


Sempre me pergunto se vou saber “reconhecer” quando ver ele.

Se ele fosse chegar vestido com um jeans desbotado, camiseta preta velha, jaqueta de couro e bota, com sorriso de David Coverdale no rosto, olhar de Kip Winger, seria fácil de identificar.


Aliás, com essa descrição impossível não perceber.

But ok. O tema não é esse

Amor. A vibe perfeita. The hurricane. O love da sua life. Teu xu. Teu mô. Teu babynho. Teu puta que o pariu.


Ele não vai chegar com hora e lugar marcados. Tipo assim às 2 da manhã na porta da tua casa dizendo que quer te levar pra uma praia e cantar “I’ll Be There For You” enquanto olha nos seus olhos e faz você sentir que aquela letra é uma promessa que ele ta te fazendo.


Seria perfeito. Mas duraria?

Easy come easy go.

Mas invariavelmente é assim que esperamos que aconteça.

Que seja certinho, que faça as coisas direitinhas, que não minta, que te ame verdadeiramente, que não traia, que ame seu gato de estimação e veja “Titanic” com você sem reclamar ou acusar o Leonardo Dicaprio de ser gay.


Talvez os amores mais duradouros sejam os espontâneos, que vem com o tempo, que vai além do beijo molhado ou do sexo gostoso.

Ta na fila do banco, escolhendo filmes com você, comprando leite condensado pra fazer bolo com você, nas fotos idiotas que vocês tiram, na carona que ele te dá quando você tava na chuva saindo da faculdade, no “eu te amo, sabia?” que ele fala no seu ouvido no meio do filme do Rambo, na ansiedade de apresentar ele pra família, no suor na mão quando segura a sua e diz que ta tudo bem mesmo quando ele também ta com medo.


Sabe aquele porre do último sábado quando ele segurou teu cabelo pra você por pra fora todo a vodka que você tomou? Tava ali também.

Mas você não disse obrigada.

Esqueceu de agradecer por ele ser sua rotina mais perfeita, seu cotidiano mais divertido até no dia cinzento de chuva.


Porque a gente não percebe o que acontece à nossa volta, os detalhes, o filme vai passando enquanto você dormiu na poltrona do cinema.


Não é o amor perfeito.

Ou o certo.




É o tipo certo de amor errado!


É amar a pintinha que ela tem em cima da boca.

Ou as covinhas no rosto dele.

O cheiro de roupa limpa.

O abraço que faz suas costelas estalarem.

Simplicidade.

Detalhes.














Um dia vou me pegar pensando em dividir uma pizza de quatro queijos com você. Comer chocolate e lamber seus dedos lambuzados. Fazer sexo na mesa da cozinha, depois tomar banho juntos. E dormir no seu peito, sabendo que você é o amor do meu momento, porque faz parte de uma pequena coisa, cheia de ciclos, problemas e confusões, que atende pelo nome de:














“Vida"

Um comentário:

Fabio Hüls disse...

Do caralho! Pra ser breve!