quarta-feira, 2 de abril de 2008

Dar&Fazer Amor

“Dar” é um termo vulgar. Você não dá nada. “Fazer amor” é incoerente. Uma vez que amor não se faz. A gente sente.

Particularmente, eu usaria o termo: “trocar prazer mutuamente por um breve espaço de tempo, entre quatro paredes, valendo tudo.” Mas seria muito longo. Porém, o significado, creio que deu para entender.

Queria mesmo era comentar sobre o ato em si.
Da diferença entre um e outro. “Dar” é aquela coisa louca, cheia de sacanagem e dirty little words.
Aquele tesão concentrado na expectativa do finalmente. O durante nem se fala. A putaria na vida.

“Fazer amor” também.
O antes e o durante é igual. Mesmo que você ame, não vai dispensar umas puxadas de cabelo, mordidas no pescoço e sacanagem dita ao pé do ouvido.

A diferença se encontra no “Gran Finalle”.
No depois.

O homem que “dá” (com muitas aspas, por favor), veste as calças, não deixa o telefone e vai embora. Chega em casa, liga a TV, abre uma cerveja e vê futebol. Ou , nas atuais novidades da tecnologia e evolução, entra no MSN, conta tudo para os amigos e depois posta no fotolog.

A mulher que “dá” (preciso falar das aspas?), toma um banho, ajeita a calcinha, às vezes quer trocar telefone ou por educação ou por futuras intenções românticas (oiqueromesentiramadaesegurameliga?), e ai embora. Também chega em casa, se sente moderna e casual, mas depois, num acesso de culpa e DPT (depressão pós-trepada), liga para a melhor amiga (ou fala com ela por MSN) e desabafa: “Eu dei, e agora?”
Nas piores hipóteses, use hipoglós, meu amor.

O homem que “faz amor” (malditas aspas), fica embaixo do edredon, ou sugere um banho à dois, pergunta se foi bom, e aconchega ela no peito.

A mulher que “faz amor” (você ainda por aqui aspas?), se sente segura e bem amada, por si mesma e pelo outro, se preocupa em ter agradado, e quando ele adormecer, vai descobrir prazer em ver ele dormir.

Ou seja, meu bem: Enquanto uns valorizam, outros apenas banalizam.
“Dando” ou “fazendo amor”, às vezes penso que só o que importa é estar bem. Até porque, as pessoas já são tão tolas, que ao menos nisso, valeria a pena SER humano.

“Give me a lifetime of promises and a world of dreams, speak a language of love like you know what it means.”

2 comentários:

Mi Rose disse...

"A diferença se encontra no “Gran Finalle”.
No depois."

Exatamente.
Pena que muitas pessoas ignoram esses simples fatos.

Beijo Joice!


/doll_rose

Gilby Sweet disse...

Pois é... "dar" (olha as aspas aí) é um termo forte, pq significa entregar, doar, sem esperar nada em troca. Mas no tal ato, esse esperar nada em troca parece que é, não esperar receber amor ou carinho. Sei lá. Muitas vezes isso acontece comigo. Conhecer uma garota, sair e acabar a noite num motel ou na cama do seu quarto e "transar", apenas uma troca de prazeres e necessidades. Mas Nada se compara com o "fazer amor", essa sim tem uma recompensa... abraçar aquela pessoa, fazer carícias, fazer um cafuné. É um momento único, como se nada mais acontecesse naquele momento... O TEMPO PÁRA!

Adoro teus textos. Adoro vc Joice.

Bjus!

Gilby Sweet