quinta-feira, 3 de abril de 2008

Despedidas

Adoro viajar.
De fato, é uma das minhas paixões. Conhecer lugares, e principalmente pessoas.
Mas como toda boa viajante, sempre tenho que voltar.

Aí vem as despedidas.
Os agradecimentos, os abraços, os beijos e as famosas frases:
"Volta logo!!"

Subo no ônibus e faço todo aquele trajeto da volta, relembrando em detalhes, o que aconteceu naquela viagem: o que fiz, quem eu conheci, e principalmente: quem estará novamente comigo na próxima despedida?

Estranha não é?
Mas realmente, penso sobre isso.
As pessoas que festejam com você, que na hora da farra estão sempre lá, não são necessariamente, aquelas pessoas que se dão ao trabalho de se despedirem de você.

Que dão aquele abraço que diz: "espero que você não demore para voltar"

Acabo por pensar, que as despedidas e as pessoas presentes nelas, representam fases da vida. Como dizem por aí: "Nem sempre terminaremos ao lado das mesmas pessoas."

Creio que seja assim mesmo.
Porquê na correria do dia-a-dia, conheço pessoas novas, criando novas histórias...

E ao final da viagem, as pessoas da despedida passada, não estão mais lá.
Realmente aquele "adeus" foi certo.

Me despeço de novos rostos, com um certo medo de vir embora, e na próxima vez, novamente na despedida, sejam ainda rostos novos. Sem nada nem ninguém que seja permanente.

Gosto bastante de rodoviárias.
Até porquê, gostar de aeroporto não convém no momento, já que as passagens continuam caras para mim.

Mas gosto mesmo de chegar e encontrar pessoas queridas.
E voltar, e me despedir das mesmas pessoas queridas.

Se mudarem demais, e não forem permanentes, meu coração se confunde e fica medroso. Daí nunca mais se entrega e nem confia. Já que no final, nunca está como deixei. Há sempre um rosto diferente.

Uma fase diferente na vida.
Quem está hoje com você, amanhã pode não ter mais tempo de te dar adeus na rodoviária.






Tente deixar um pouco de você em mim, e leve também um pouco de mim com você.
Ou deixe e leve muito.







Para que não passe o nosso tempo, e a gente não comece a cantarolar por aí:





E por falar em saudade onde anda você...Onde andam seus olhos que a gente não vê?

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