terça-feira, 1 de abril de 2008

Miojo pra que te quero?


Instantâneo.
Essa palavra está para os dias atuais, como paz e amor estavam para a década de 70.
Ou seja. Absolutamente define uma era, uma geração, uma moda ruim qualquer.
Não que antigamente, não houvesse isso, mas talvez hoje esteja mais intensificado do que nunca.

Afinal, não temos tempo pra muita coisa e precisamos de praticidade.
Comidas congeladas, eletrodomésticos, equipamentos, tudo voltado a atender as necessidades do mercado (desculpem por essa expressão, é culpa da faculdade de marketing fazendo efeito na criatividade) e das pessoas cada vez mais acomodadas e preguiçosas.

Não vou dizer que também já não aderi diversas vezes a esse processo de: “quem não tem cã, caça com gato” e me conformei com algo simples e insípido, à algo duradouro e verdadeiro. É o prazer da mentira bem vivida. Até a bichinha do Cazuza sabia desse fato irrefutável: “o teu amor é uma mentira que a minha vaidade quer”.

A pressa em viver e possuir as coisas, muitas vezes impede a possibilidade de viver algo com maior qualidade. É, a vovó tava certa quando disse que a pressa era inimiga da perfeição.

Mas se você souber encontrar algo de valor em meio aos amores, amizades e relacionamentos rápidos, talvez possa comprovar que toda regra tem uma exceção (é, eu sei! Mencionei ditos populares demais nesse texto) e que ainda possa existir qualidade e sinceridade no momento instantâneo em que estamos vivendo.

Essa puta bagunça de “eu sou de todo mundo, todo mundo é meu também e somos hipocritamente felizes nos contentando com pouco”.

Mas tomara que isso aconteça antes de:

- Amor, você vai querer pro jantar de hoje, um: “eu te amo s2” ou vai preferir um miojo?
- Tanto faz benzinho. Ambos ficam prontos em 3 minutos mesmo.








ODEIO miojo.
Mas como com mais freqüência do que deveria.

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